quarta-feira, 6 de maio de 2015

Sou inútil. Ou somos todos nós?

Essa postagem pode parecer depressiva, mas é o que estou sentindo. Não tenho me sentido bem ultimamente. Comecei a pensar no sentido da vida e me dei conta que não faz diferença eu estar presente ou não. Esse pensamento serve para qualquer situação. 
No trabalho, caso eu não esteja, posso ser substituída.Na família, poderiam até sentir minha falta durante um tempo, mas depois conseguiriam ficar bem sem mim. O namorado também depois de um tempo ficaria bem e tocaria a vida. Sei lá, tenho me sentido pra baixo por ter constatado isso tudo. 
Na verdade, queria me sentir mais útil, mas não encontro uma saída. Cheguei a pensar em largar tudo e viver uma vida simples, apenas com o suficiente, num lugar bucólico, no meio das plantas e dos animais,esses sim seres puros. Já pensei em me candidatar ao trabalho voluntário. Já cogitei até mesmo viver enclausurada, como as freiras e fazer caridade. 
Poucos são queles que vieram ao mundo e tiveram um papel de importância pra humanidade: inventaram a cura para alguma doença, salvaram vidas em algum tipo de catástrofe, eram ricas e fizeram um bem aos mais carentes etc. Quando faloque gostaria de ganhar na megasena para ajudar os outros, não estou brincando. Eu realmente fundaria um orfanato, ou um lugar onde eu pudesse dar uma vida descente às crianças. Usaria esse dinheiro ganho para construir e manter o lugar. Isso sim me faria feliz: saber que estou sendo útil, que estou ajudando a melhorar o mundo. 
Eu gostaria muito de fazer a diferença na vida das pessoas. Fico pensando pra quê serve viver se não acrescento nada ao mundo. Sei que existem pessoas que não estudam, não trabalham, não fazem nada pra ninguém, mas eu não sou muito diferente disso. Apesar de ter estudado, de trabalhar, não sou capaz de fazer a diferença, ou seja, minha presença não importa, assim como minha ausência. Sabe o que é pior? É constatar que, no fim das contas, todos somos assim. Pra quê realmente vivemos se não vamos fazer a diferença? Fica tão simplório, tão curto e grosso, mas é verdade. É isso.

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