quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Paixão no trabalho


A vida é engraçada mesmo, né? Ela sabe nos pregar peças e rir da nossa cara. A gente passa por cada situação, cada saia justa! Vendo um depoimento na TV, eu lembrei de uma história que aconteceu comigo. Uma não, três, mas a mais recente que ficou mais clara e ainda lembro de alguns detalhes dela. 
Em um antigo emprego, descobri que um colega estava interessado em mim através de um e-mail. Eu fiz uma pergunta sobre algo do trabalho e ele começou a puxar papo. Como gostava muito dele, respondi sendo simpática. A conversa evoluiu e percebi que ele já estava se declarando pra mim. Fiquei sem chão porque gostava muito dele como amigo e não sabia mais como lhe olhar pessoalmente. 
Ele começou a puxar conversa sobre o relacionamento dele e, quando vi, no final do e-mail, ele já estava falando que não estava bem, que não aguentava mais a namorada, que estava se separando dela etc. Eu, na minha ingenuidade quase infantil, tentei ajudá-lo, dando conselhos que daria pra qualquer outra pessoa nessa situação. 
Um belo dia, fui sacanear esse colega com uma outra colega do trabalho. Ela era uma mulher feia e zoada por todos lá, mas uma vez chegou toda arrumadinha em uma das festas da empresa e ele comentou que ela estava diferente. Desse dia em diante, comecei a sacaneá-lo com ela, sem ela saber, claro. Dias depois, ele me disse que tinham algumas mulheres do trabalho com quem ele ficaria mas que só uma realmente era especial. 
Enquanto isso, por e-mail, eu continuava a falar com ele, sem ter ideia de que a tal especial era eu! Enfim, só sei que em um dos últimos e-mails que trocamos, ele foi eliminando todas as outras colegas de trabalho, só restando a mim. Comecei então a dar conselhos sobre o quão enganado ele poderia estar em relação a essa paixão. Disse que ele poderia estar misturando as coisas por estar mal com a namorada. Disse também que ele talvez estivesse achando que estava afim dessa pessoa por conviver com ela diariamente mas que talvez não gostasse tanto dela assim caso a conhecesse mais. Bom, fiz a minha parte de tentar reverter a situação pra poder olhar pra ele ao ir trabalhar. Minha vergonha era muita porque, como já disse, ele era muito querido e eu não saberia o que fazer caso ele se declarasse pessoalmente. 

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