Esse fim de semana é dedicado a dois casamentos. O primeiro, de hoje, é, na verdade, uma comemoração de 30 anos. O segundo, de amanhã, é o início de um. Acho legais as festas de casamento e queria, do fundo do coração que todos os relacionamentos fossem assim sempre, não apenas como na festa.
Eu penso em casar mas minha ideia de casamento não é tradicional. Desde pequena nunca me imaginei entrando numa igreja, vestida de branco, segurando um buquê. Nunca mesmo. Acho que desde menina sempre fui mais radical mesmo. Hoje em dia, consigo me ver morando com meu namorado, e às vezes, até me surpreendo ao imaginar o tipo de roupa de cama e utensílios de cozinha. Tenho prestado mais atenção nessas coisas e consigo visualizar bem o que seria a minha casa com a minha decoração.
Posso até ir ao cartório mas nem isso me enche os olhos talvez porque eu não queira mudar meu nome. Mas casar na igreja e depois proporcionar aquela festa depois ainda é demais pra minha pessoa. Acho bonito quando a noiva entra e todos olham pra ela. Deve ser emocionante ver toda a família e amigos reunidos mas sinceramente, prefiro usar meu dinheiro pra coisas mais práticas que realmente irei precisar no dia dia. É aí que entra meu lado racional. Eu usaria esse dinheiro destinado à festa pra mobiliar minha casa, pagar prestações de um futuro apartamento meu. Acho legais as festas, mais uma vez, mas elas são curtas demais pro dinheiro gasto nelas. Enchem a barriga de todo mundo (porque tudo tem que ser bem servido. Faltar comida seria uma vergonha!), tocam músicas animadas pra atender a todos os gostos (outra coisa que eu não conseguiria fazer...) e dão o maior trabalho durante os preparativos, que começam muitos meses antes (talvez esse seja o maior motivo pelo qual eu não queira uma festa).
Enquanto penso nisso tudo, vou continuar indo às festas porque, afinal de contas, gosto muito dos noivos e quero participar desse momento tão importante pra eles. Quem sabe um dia eu não encontre uma maneira de casar que tenha a ver comigo?
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